Tristeza do Jeca

Padre Alessandro Campos

Nestes versos tão singelos
Minha bela, meu amor
Pra você quero contar
O meu sofrer e a minha dor

Sou igual o sabiá
Quando canta é só tristeza
Desde o galho onde está
Nesta viola canto e gemo de verdade
Cada toada representa uma saudade

Eu nasci naquela serra
Num ranchinho beira chão
Todo cheio de buraco
Onde a lua faz clarão
Quando chega a madrugada
Lá no mato a passarada
Principia o barulhão

Nesta viola, canto e gemo de verdade
Cada toada representa uma saudade

Lá no mato tudo é triste
Veja o geito de falar
Pois o Jeca quando canta
Dá vontade de chorar

O choro que vai caindo
Devagar vai se sumindo
Como as águas vão pro mar

Autor(es): Angelino de Oliveira
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